quinta-feira, 24 de maio de 2012

A maior semente do mundo

O coco-do-mar é produzida por uma palmeira, a Lodoicea maldivica, é endêmica da ilha de Praslin, nas Seychelles, país africano próximo à ilha de Madagascar, embora haja alguns exemplares introduzidos noutras ilhas do arquipélago. 

Lodoicea maldivica

É uma árvore dioica, com um tronco fino para o seu tamanho: uma árvore-macho atinge 30 m de altura, enquanto que se encontram fêmeas com 24 m. As frondes são também enormes, podem atingir 10 m de comprimento por 3,5 a 4 m de largura e são marcescentes, ou seja, conservam-se presas ao tronco depois de secas. A inflorescência masculina pode atingir um metro de comprimento.

Inflorescência masculina


A árvore-fêmea pode produzir uma grande quantidade de frutos, que exteriormente não são muito diferentes dum coco, com um epicarpo fibroso; a semente, o coco-do-mar, tem dois lobos e pode atingir 30 kg de peso.


Semente do Coco do mar

Durante muitos anos os navegadores pensavam que crescia no fundo do mar, uma vez que só o encontravam a flutuando antes da descoberta do país, em 1743, 
A polpa do coco é branca e costuma ser reverenciada pelos nativos como um antídoto contra qualquer doença, além de a fruta ter ganhado reputação como um afrodisíaco. 
O fruto leva 6-7 anos a amadurecer e a germinação da semente leva 7-10 anos até aparecer a primeira folha. 
O tronco não se pode ver até a planta ter já 15 anos e atinge a maturidade com 20 a 40 anos. Por estas razões, pensa-se que uma planta saudável possa atingir uma idade de 200 a 400 anos.



Fruto da planta

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Curiosidades sobre as bananas






Musa balbisiana: espécie nativa de banana e suas sementes.


A maioria das bananeiras cultivadas se reproduz de forma assexuada, por propagação vegetativa, a partir de seu rizoma, que é um tipo de caule subterrâneo, de crescimento horizontal, e que geralmente desenvolve folhas. O conjunto de várias dessas folhas forma o que popularmente, à primeira vista, chamamos de caule da bananeira.

Cada “caule” é capaz de formar ramos de flores que, sem que haja fecundação de seus ovários, formam bananas, reunidas em um cacho. Assim, esse fruto é classificado como partenocárpico; e aqueles pontinhos pretos que encontramos em seu interior são óvulos não fecundados, e não sementes, como algumas pessoas acreditam.

A vantagem de essas plantas se desenvolverem assim, além da ausência de sementes nas bananas, consiste no fato de que as mesmas crescem e dão frutos mais rapidamente. A desvantagem é que, por serem idênticas à planta-mãe, se a mesma possuir alguma anomalia, elas também a terão...
Agora que você já conhece algumas particularidades dessa planta, vamos para mais uma curiosidade: você sabe o porquê desse fruto amadurecer tão rapidamente?

A resposta é a seguinte: a banana libera um hormônio vegetal chamado etileno. Esse gás é responsável por acelerar a maturação do fruto. Assim, se deixamos muitas bananas reunidas, ou colocarmos esse fruto, ainda verde, em recipiente fechado; os mesmos amadurecerão rapidamente, em virtude da ação do etileno. Quanto a isso, uma curiosidade é que a banana-prata é a que fica madura com mais facilidade, justamente pela alta liberação desse hormônio vegetal, após a sua colheita.

A banana é rica em carboidratos, sais minerais e vitaminas; e possui poucos lipídios. Sua composição faz com que seja um alimento muito saudável, capaz de:
- Prevenir a depressão, já que possui triptofano, capaz de estimular a produção de serotonina;
- Regular a glicose sanguínea, graças à vitamina B6;
- Prevenir a anemia, porque contém ferro;
- Reduzir os riscos de derrame, e a pressão alta, por conter potássio;
- Regular o intestino, graças às suas fibras e lipídios.
- Aliviar azias e enjoo, agindo como antiácido natural.

Além disso, para muitos adeptos da medicina alternativa, sua casca pode ser aplicada diretamente na pele, para acelerar a cicatrização de machucados, picadas de mosquitos, e para a eliminação de verrugas. Essa parte da banana também pode ser utilizada na culinária, para a fabricação de doces, bolos, pães e alimentos salgados.

Fonte: http://www.brasilescola.com/curiosidades/onde-fica-a-semente-da-banana.htm

O abrigo de sementes do fim do mundo


Silo Global de Sementes de Svalbard

O Silo Global de Sementes de Svalbard está situado próximo à vila de Longyearbyen, no remoto arquipélago Ártico de Svalbard, a apenas cerca de 1120 km ao sul do polo norte. Ele tem como objetivo salvaguardar a biodiversidade das espécies de cultivos que sirvam como alimento para as populações do mundo e seus países. O Silo de Svalbard preservará cerca 90% das sementes conhecidas existentes no mundo, doadas pelos países produtores.

Trata-se então de uma gigante Arca de Noé a fim de preservar a nossa flora, por milhares de anos. Se nossas espécies se acabarem por guerras, doenças ou até mesmo pelo aquecimento global poderão ser reabastecidas a partir destas sementes, que estão protegidas 400 pés montanha abaixo, com todo o tipo de proteção para conservar nossas sementes.

Não só há a proteção natural do espaço, como também há guardas armados. O Abrigo das Sementes pode suportar terremotos de magnitude 7º, bem como a um ataque nuclear. No caso de faltar energia, há um gerador instalado capaz de fornecer energia por mais de 200 anos. Somente membros do governo entram no local. O abrigo já foi aberto algumas vezes para jornalistas, contudo nem todos os locais foram filmados. 


Vídeo sobre a germinação

Vídeo muito informativo.

Germinação das Sementes




Germinação


A germinação é definida como a emergência e o desenvolvimento das estruturas essenciais do embrião, manifestando a sua capacidade para dar origem a uma plântula normal, sob condições ambientais favoráveis.


Do ponto de vista fisiológico, germinar é simplesmente sair do repouso e entrar em atividade metabólica.



Fatores que influenciam a germinação

 


Quiescência : Luminosidade, umidade, temperatura e oxigenação.
Dormência : Estado do tegumento, conservação das reservas e qualidade do embrião.


Fases da Germinação


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Anatomia das sementes


A anatomia da semente é composta essencialmente por três estruturas: tegumento, endosperma e embrião.
O tegumento, como o nome em inglês da estrutura sugere (seed coat – casaco da semente), tem função de proteção. Já o endosperma caracteriza-se como um tecido nutritivo. Sua função é fornecer os nutrientes necessários para o desenvolvimento do embrião nas suas fases iniciais, quando a planta em crescimento não é capaz de fazer fotossíntese.


O embrião configura a parte da semente que dará origem ao novo ser. É consituído por quatro estruturas essenciais: a radícula, o caulículo, os cotilédones e gêmula ou plúmula. A radícula dará origem à estrutura de fixação da planta quando essa estiver desenvolvida, a raiz. O caulículo é subdividido em hipocótilo e epicótilo. A diferença entre eles reside principalmente na capacidade de sustentação, sendo o hipocótilo mais resistente que o último. Os cotilédones são as estruturas responsáveis pela nutrição primária do embrião. Em sementes que apresentam dois cotilédones, as dicotiledêneas, o endosperma é escasso ou mesmo inexistente.



Contudo, as distinções entre monocotiledôneas e dicotiledôneas não para no número de cotilédones. Tanto a plúmula quanto a gêmula são estruturas que vão dar origem às folhas primárias da planta em crescimento. Porém, a gêmula é uma esturtura característica das monocotiledôneas e a plúmula das dicotiledôneas. Apesar de possuírem a mesma estrutura, ambas diferem em termos morfológicos.
Ainda nesse contexto é importante citar a semente das gimnospermas. Embora primitiva – apresenta essencialmente tegumento, cotilédones e estruturas que se assemelham à radícula e à gêmula –, a semente das angiospermas merece destaque pela estrutura especial que desenvolveu: um prolongamento, parecido com um filme plástico, que permite seu tranporte pelo ar. Por isso a semente recebe o nome de semente alada; pois voa pelo céu.

Revolução Verde




A expressão Revolução Verde foi criada em 1966, em uma conferência em Washington. Porém, o processo de modernização agrícola que desencadeou a Revolução Verde ocorreu no final da década de 1940.

Esse programa surgiu com o propósito de aumentar a produção agrícola através do desenvolvimento de pesquisas em sementes, fertilização do solo e utilização de máquinas no campo que aumentassem a produtividade. Isso se daria através do desenvolvimento de sementes adequadas para tipos específicos de solos e climas, adaptação do solo para o plantio e desenvolvimento de máquinas.

As sementes modificadas e desenvolvidas nos laboratórios possuem alta resistência a diferentes tipos de pragas e doenças, seu plantio, aliado à utilização de agrotóxicos, fertilizantes, implementos agrícolas e máquinas, aumenta significativamente a produção agrícola.

Esse programa foi financiado pelo grupo Rockefeller, sediado em Nova Iorque. Utilizando um discurso ideológico de aumentar a produção de alimentos para acabar com a fome no mundo, o grupo Rockefeller expandiu seu mercado consumidor, fortalecendo a corporação com vendas de verdadeiros pacotes de insumos agrícolas, principalmente para países em desenvolvimento como Índia, Brasil e México.


Utilização de máquina e insumos agrícolas
De fato, houve um aumento considerável na produção de alimentos. No entanto, o problema da fome no mundo não foi solucionado, pois a produção dos alimentos nos países em desenvolvimento é destinada, principalmente, a países ricos industrializados, como Estados Unidos, Japão e Países da União Europeia.

O processo de modernização no campo alterou a estrutura agrária. Pequenos produtores que não conseguiram se adaptar às novas técnicas de produção, não atingiram produtividade suficiente para se manter na atividade, consequentemente, muitos se endividaram devido a empréstimos bancários solicitados para a mecanização das atividades agrícolas, tendo como única forma de pagamento da dívida a venda da propriedade para outros produtores.

A Revolução Verde proporcionou tecnologias que atingem maior eficiência na produção agrícola, entretanto, vários problemas sociais não foram solucionados, como é o caso da fome mundial, além da expulsão do pequeno produtor de sua propriedade e o impacto ambiental do uso de insumos agricolas e modificação das espécies de plantas.

Função da semente




A função das sementes reside na perpetuação e multiplicação das espécies, atuando especificamente como um meio dispersor capaz de proteger e criar uma condição favorável à germinação e ao seu crescimento.

Diferentemente dos animais, as plantas são limitadas em sua habilidade de procurar condições favoráveis para sua vida e crescimento. Como consequência, elas desenvolveram muitas maneiras de dispersão e distribuição através das sementes.



O que sígnica semente?


        De acordo com a Legislação Brasileira (Lei nº 10711, de 5 de agosto de 2003) semente é o material de reprodução vegetal de qualquer gênero proveniente de reprodução sexuada ou assexuada, que tenha finalidade específica de semeadura.